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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia:
http://apoesiadobrasil.blogspot.com/2015/11/patricia-hoffmann-1975.html  

 

PATRÍCIA HOFFMANN

( Brasil – São Paulo )

 

Nasceu em São Paulo/SP, em 1975.
Morava em Joinville/SC em 2003 quando publicou poemas na revista Babel (veja mais abaixo...), onde estudava Letras.
Publicou Água confessa (Letradágua, 2001).   

 

Nascida em São Paulo, a poeta Patrícia Claudine Hoffmann mora em Santa Catarina desde os seis anos de idade. Fez o curso de letras em Joinville e trabalha como professora de língua portuguesa. Sua estreia em livro deu-se com a coletânea Água Confessa, publicada em 2001. Veio em seguida o título Sete Silêncios (2004), um trabalho focado no silêncio e no número sete. São sete capítulos (silêncios), cada qual contendo sete poemas. Esse último livro também foi publicado em formato digital e está disponível desde 2010 no site Bookess.

 

BABEL  Revista de Poesia, Tradução e Crítica.  Ano IV - Número 6 - Janeiro a Dezembro de 2003.  Editor Ademir Demarchi.   Campinas, São Paulo                                Ex. bibl. Antonio Miranda

 

                                   "Tudo será difícil de dizer
a palavra real nunca é suave" .
ORIDES FONTELA .

       ÚLTIMO ARGUMENTO

(I)

Tenho morte extensa.
Plena de alvo e desvio,
Sou a flecha
Que não se cumpriu
No corpo
Quase definitivo
De sua resistência.

(2)

Eu nasci para predominar
Distâncias.

Como cansa intermediar o
Impossível.
Se já conheço o roteiro
Do que não se alcança.

Tenho a amplitude exata
Dos nuncas
Que frequentei.

(3)

Sou o intervalo
Imaginário do tempo.
Transfigurando nos olhos
De calcário
Nossas vertigens
Sobrepostas.

Sou a que te acena
Com mãos quebradiças
De vazio.
Sou a que te visita
Com lágrima maciças
De quem não dormiu.

(4)

E quantos morreram
Por dentro
Do que eu não quis
Por falta de opção.

E quantos mateio
Na fogueira
Dos meus silêncios
Com a lenha
Do abandono
Que aprendi.

(5)

Queriam-me perfeita
Queriam-me.


RENÚNCIAS AO

Vence a maior das tentações: a esperança. "
Nikos Kazantizakis

I

O espaço
Que não ocupas agora,
Se debruça por dentro
Do que esqueci
De sonhar.

Não te garanto a lisura
Do meu sonho.
Mas posso te ensinar
O tétano
Sobre a ferrugem
De minhas dobradiças
Esperanças.


II

Por que fui te construir
Com a fé do meu imperdoável
Desatino?

Tenho febre no destino.
Agudas infecções
Na alma.
Que me escombro.

E é o teu ombro
Que me desamparo
Todos os dias.


III  

Na loucura
Sou cordial:
Presa irreversível.

Tenho diplomacia
Nas convulsões.

Obedeço a Deus
Com subestimável
Caça.


IV

E terás que fugir
Ser exatamente o que és
No meu espelho ao contrário.

E eu terei que ocultar-te
Sob a segunda pele
Dos vocábulos.
Já que somos diagnóstifo
Literário.

Tentarei não ser a neblina
Ressecada em tua boca,
A nos preservar ausentes.

Então vou distinguir
Teus olhos do possível.
Já que te previ infinito
Anterior.
Alterei o infinito.


V

Foi no terceiro amor
que conheci
o desperdício.

Para te proteger
deixei a cicatriz
entreaberta.

Organizar a dor
é difícil.
Porque é preciso alinhar
ausências.

Teu rigor
foi me esperar
cedo demais
em ti.

 

       VI

Planto alegria difícil,
em solo estéril.
Adubo-me no sacrifício
do adultério que pratiquei
com Deus.

Broto da permanência
dispersa feito pluma,
sem nenhuma vocação
para o destino.

VII

Sou o remetente
inacabado, exposto
ao ridículo,
estendido no remorso
de alguma folha
seca
pela resposta
que não cabe
no voltar.


VIII

Desesperei a tudo, para
acordar mais cedo
no dia seguinte.
Mas os dias seguintes não
foram suficientes
para superar as verdades
que inventei.

Apesar de resistir,
me ponho como um sol
que Deus recolhe
para sua invernal fogueira.

Amorteci os
relógios da razão,
para ajustar ponteiro
no impossível:

 renunciei à existência
tarde demais.

 

*

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Página publicada em janeiro de 2023


 

 

 
 
 
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